Eu nunca vou conseguir entender plenamente a lógica da vida. Às vezes tento desemaranhar o fio que conduz uma coisa à outra e apenas descubro nós, nos quais uma coisa ata-se a outra e de cada outra saem outros fios, que conduzem a outros nós e por aí vai.
Nessas viagens descobri que saí de Arroio do Meio, aos sete anos de idade, só para voltar. E hoje vejo que esse pealo interiorano reflete-se, até mesmo, na minha vida tecnológica. Seria uma retrospectiva enorme falar das exportações de gente que propiciei: de Travesseiro à Austrália; de Santa Clara à Alemanha, e de Teutônia à França. Eu acho que o mundo é o reflexo do conjunto de seus interiores e que não adianta querer criar artefatos que estejam em desacordo com isso.
Graças a meu contato prematuro com o Linux (1992-1993) pude viajar pelo mundo e ensinar o Maddog a tomar chimarrão. Também, graças a isso, tive a honra de participar da organização do FISL e da Latinoware e outros tantos eventos internacionais.
Gosto muito mais de participar de eventos como palestrante do que como membro da organização. Sou convidado a palestrar em muitos eventos e, sinceramente, gostaria de poder atender a todos os convites. Tem um convite que não nego que é o do SolivreX.
O Professor Montanha, grande no nome e na capacidade intelectual, organiza esse evento desde 2006 e digo aqui, de cara dura, que apropriei-me de muitas ideias dele levando-as a eventos maiores.
Se eu fosse enumerar as coisas que aprendi no SolivreX eu começaria pelo Scrum, seguiria adiante pela gestão de projetos e acabaria nos games.
Eu queria fazer um artigo sobre um evento, não sobre a pessoa. Impossível! O SolivreX e o Professor Montanha se confundem, na boa!
O legal do SolivreX é a crença nerd de um mundo melhor, que começa de dentro pra fora, do interior, de cidades que funcionam.
Vamos todos ao SolivreX. Um passarinho me contou que o Professor Montanha vai fantasiado de Wolverine!
Artigo publicado originalmente no Dicas-L.