Istambul III

Quando meu pai foi para os Estados Unidos, em 1974, ele preocupou-se em comprar para mim e minha irmã camisetas da Disneylândia... (pausa literária, corte, pano de fundo, novo cenário: o restaurante Beyti de Istambul).

Acho que nunca fui tão mimado em um evento como neste (e olha que nem posso reclamar dos mimos de outros). O restaurante onde fomos jantar é o preferido de todos os presidentes americanos e outros chefes de Estado, e descontando o Kalabouço de Arroio do Meio, que é hors-concours, o Beyti passou a ser o meu restaurante preferido também. Não sei o nome de nada do que comi, descontando a Burak, uma massa folhada com queijo, que foi o aperitivo.

Depois de tanta conversa técnica, caímos nas amenidades, ou seja, como cada um de nós começou a trabalhar na área de informática (pouparei vocês dos detalhes...), mas vai que um assunto puxa o outro e chegamos à história do Maddog em Recife, onde ele foi o Papai Noel para uma série de meninos de rua na praia de Boa Viagem, e daí descobrimos que o Maddog, na verdade, faz questão de se passar por Papai Noel! Ele usa um gorro de Papai Noel quando dirige na época de Natal, e às vezes, quando está disposto, chega a carregar um saco nas costas. Uma das diversões dele é dirigir um jipe aberto, com o tal gorro, e ficar acenando para as crianças que ficam apontando para ele em outros carros - até congestionamento em pedágio ele já causou. Depois desta revelação mostrou-nos sua coleção de buttons de pingüins e brincos de caveira. Tenho fotos para provar!

Aí veio a sobremesa, outras coisas deliciosas que não sei o nome, e o café. Ontem descobri o café turco: bem forte, numa xícara pequena, e com a borra do café no fundo. A Meire (minha mulher), tinha descoberto que o café é, na verdade, originário da Turquia. Comentei isto com o nosso anfitrião, que disse que tecnicamente ela está certa, mas geograficamente as coisas mudaram. O café é sim originário dos domínios do império Turco-Otomano, de uma região que hoje pertence ao Iêmen, mas acrescentou que o café turco que eu tenho tomado nestes dias é, na verdade, brasileiro. (pausa para as conclusões...)

Sim, as camisetas que o meu pai trouxe da Disneylândia eram da Hering: made in brazil escrito bem grande na etiqueta. Claro que não pude perder a oportunidade de acrescentar meu comentário sobre o café:

"Ah! É por isto que é tão bom! Será que é gaúcho?"

Torçam por mim que hoje (quinta-feira) e amanhã (sexta) são os dias da minha palestra. Hoje (05/09) ela será as 14:45, ou seja, 8:45 em horário gaudério.



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