Big Data e Tendências de Marketing

A Jessica Meher escreveu um livreto muito interessante, patrocinado por sua empresa, a Hubspot, 20 MUST-KNOW MARKETING TRENDS & PREDICTIONS FOR 2013 & BEYOND (20 Tendências e Previsões de Marketing para 2013 e adiante, que você deve conhecer). A tendência de número nove chamou-me bastante a atenção e a traduzo aqui:

Big Data (o grande volume de dados) fica ainda maior e digerível: não sou fã de buzzwords mas há algo intrigante na promessa de big data. O Gartner prevê que isso irá impulsionar 232 bilhões de dólares em tecnologia da informação até 2016. Mas até agora big data é para engenheiros, não para o pessoal de marketing. Em 2013 vejo um crescimento no número de startups dedicadas em fazer com que o big data seja mais acessível aos que estão na linha de frente, como o pessoal de vendas, desenvolvimento de negócios e profissionais de marketing. Uma delas, a Origami Logic, dedica-se a permitir ao pessoal de marketing o acesso a big data de maneira que seja digerível e útil, especialmente por eles mesmos.

Todas as demais previsões da Jessica são muito coerentes e podemos vê-las facilmente acontecendo. O marketing move-se mais para uma associação ao conteúdo, na tentativa de criação de um tipo de merchandising web e móvel, nos apresentado de maneira absolutamente personalizada as coisas que desejaremos consumir, integrada aos mashups que naturalmente vamos montando em nossas redes sociais. Entender o grande conteúdo gerado de forma social, contextualizá-lo e agregar a isto iniciativas de marketing bem direcionadas que possam ser facilmente medidas e ajustadas é um trabalho típico de cientistas de dados. Mas estes ajustes sempre deverão contar com o olho (e ouvido) crítico de pessoas reais que interajam, realmente (mesmo que através das redes sociais) com outras pessoas reais.

Richard Branson, fundador do Virgin Group, publicou recentemente no Linkedin o artigo Why you should treat 1 million people the same as 1 person (Porque você deve tratar um milhão de pessoas como se fossem apenas uma). Diz Branson:

A chave é pensar nos clientes como indivíduos e tratá-los desta forma, ao invés de simplesmente olhar a uma massa estatística.

Mas essa massa estatística também deve ser muito bem analisada, até para que se possa descobrir com quais clientes falar, quais têm necessidades específicas e onde podem estar as novas oportunidades. Branson demonstra que reconhece muito bem isso e provoca:

Mais uma coisa: aparentemente o único continente onde não há ninguém (lendo meus artigos no Linkedin) é a Antártica. Viajei para lá no começo deste ano e recomendo muito a visita ao local a todos que tiverem esta oportunidade. E, se você fizer isso, lembre-se de entrar na rede enquanto estiver por lá!

Leia também Big Data e Software Livre

Artigo publicado originalmente no Dicas-L.

Dica de leitura:
BIG DATA - UNABRIDGED GUIDE



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